"Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Sentir? Sinta quem lê!", Fernando Pessoa


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Efeito Borboleta

"E, finalmente, aprendes que o tempo não éalgo que possa voltar para trás", William Shakespeare
É estranho como o tempo passa demasiado depressa. É estranho como os sentimentos são efémeros.
Basta um pequeno gesto e tudo muda; laços são quebrados para serem substituídos por outros em apenas segundos. É impressionante a rapidez com que as pessoas mudam de opinião.
Tudo o que fazemos tem consequências. Por vezes as coisas acontecem de uma forma que fogem ao nosso controlo, no entanto não conseguimos deixar de nos perguntar se não poderíamos ter feito mais e melhor. Outras vezes as coisas acontecem como resultado de escolhas conscientes. Em qualquer dos casos nunca podemos escapar à responsabilidade pelas nossas acções e pela forma como nos relacionamos com os outros. Pois muitas vezes basta uma simples palavra ou um gesto, ou a sua ausência quando a sua presença se impunha, para mudar toda a percepção que temos acerca de quem nos rodeia.
Se o bater de asas de uma borboleta pode causar uma tempestade do outro lado do Mundo, quão poderosas serão as nossas acções?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Dor

“Quem quer passar além do Bojador Tem que passaralém da dor”, Fernando Pessoa
A Dor é uma prisão de grades invisíveis que nos mantém presos ao passado. A Dor impede-nos de ver o que poderia ser o futuro, impede-nos de nos superarmos a nós próprios.
É mais fácil ficarmos agarrados a uma dor antiga do que correr o risco de ser atingido por uma dor desconhecida com a qual não saberemos lidar.
A dor conhecida chega até a ser reconfortante, com todas as suas memórias e recordações. Então pensamos “para quê correr riscos se as recordações são tão doces?”. Porque recordar não é viver, é apenas sobreviver. Viver é reconhecer que o Passado foi bom e lutar para que o Presente seja ainda melhor, é termos a capacidade de dar uma oportunidade a nós mesmos e a quem nos rodeia.

sábado, 1 de agosto de 2009

Reconstrução

Ao longo da nossa vida apoiamo-nos naqueles que nos rodeiam. Umas vezes fazemo-lo inconscientemente, outras nem tanto. Certo é que todos usamos os outros e fazemo-lo continuamente. Usamo-los para nos levantarmos, para fecharmos feridas que outros abriram em nós. Neste processo ficamos muitas vezes com o melhor que essas pessoas têm para dar. Absorvemos todo o seu tempo, todo o seu carinho e atenção. Eles ficam sem nada e nós fortes e reconstruídos. Então, quando estamos curados dispensamo-los simplesmente, sem sequer um “obrigado”, sem nos preocuparmos com as feridas que poderemos estar a abrir neles.