"Qual papel será o meu?O de quem nada faz?", Embora doa, Klepht
Dói-me o nada.
Dói-me tudo.
Dói-me o que não existe
Doem-me os dias vazios de ti.
Doem-me as tuas ausências
A falta de me encontrar nas tuas
palavras.
Dói-me sobretudo a não-coragem
E as perdas que ela me traz.
Doem-me as palavras ditas
E muitas que foram desditas
Os gestos que se hesitaram.
Dói-me não ser capaz de acreditar
Mas, ainda assim, não duvidar
comletamente.
Magoa-me a saudade
E também a proximidade, que nunca
é suficiente.
Dói-me tudo o que não vivo,
A vida que passa por mim.
Ou eu é que passo por ela?
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