"Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Sentir? Sinta quem lê!", Fernando Pessoa


sábado, 7 de agosto de 2010


Corro para a outra margem de mim.
Fujo de mim, ou do que fui outrora. Agora não sou nada. Levaram-me os sonhos. Ficou agora apenas um corpo. Não tenho metas, não tenho sonhos. Vou para onde o vento me leva e espero apenas que lá tudo deixe de doer.
Deste lado deixo a fé.
Comigo levo só o medo que me deixaste.
Medo de acreditar.

1 comentário:

KrystalDiVerso disse...

Os sonhos!... Começam por ser uma tentativa enganosa de nos enganar-mos, sempre na esperança de que, quando acordar-mos, o sonho continue!... Não deve dizer-se que viver uma vida a dormir, possa ser a melhor forma de respirar o que é nosso por direito natural, no entanto, a ideia de consumir-mos demasiado oxigénio dos outros, é uma preocupação ridícula, pela posição subalterna que não dignifica um digno carácter desperto!... Há quem já não saiba acordar... nem sonhar!!!.... Dizem que perderam os sonhos algures numa relação abandonada!... Na verdade, sempre sonhando com os outros, esqueceram-se de sonhar com eles/as próprios/as. Não acreditam que os sonhos são possíveis. Só a realidade pode não ser. Mas há sempre realidades alternativas para os que dormem quando devem dormir e acordam quando devem acordar; só os que se renderam aos sonhos, ali continuam, ligados à máquina que os matem dependentes dela... e nunca dependentes da própria vontade!...
Como diz o Amigo Krystal: "A Vida é uma razão fodida!"





Bom fim de semana





Escolha entre... beijos e abraços