"Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Sentir? Sinta quem lê!", Fernando Pessoa


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

“Aí está uma palavra que soa bem, dizes metamorfose e segues adiante, parece que não vês que as palavras são apenas rótulos que se pegam às cousas, não são as cousas”, José Saramago, “As Intermitências da Morte”
Poderia dizer muito, queria, precisava, dizer tanta coisa ainda, mas agora todas as palavras me parecem irrelevantes, tudo se resume ao significado das acções.
As palavras parecem atropelar-se tal a sua fúria para sair, mas a lógica falha no momento de construir uma frase. Os verbos não são suficientes para descrever o turbilhão em que estou imersa, os nomes deixaram de ter significado, e como poderia usar adjectivos para caracterizar algo que já não sei o que é?
Nem dicionários, nem gramáticas, nada me valerá, talvez a salvação venha (apenas!) com o tempo e com toda a clareza que o acompanha (quase) sempre.

Sem comentários: